A Ásia é um bocado de terra que começa em
Istambul e se estende até ao Japão, o país onde o sol nasce. Como se calcula,
não é fácil nem barato conhecer o continente asiático, o mais extenso à face da
Terra. Mas basta ir ao número 78 da Rua da Misericórdia para pelo menos
conhecer os seus paladares graças ao Chef Paulo Morais - o equivalente moderno
e gastronómico de Fernão Mendes Pinto - que por lá peregrinou, aprendeu os
ensinamentos dessas terras distantes e voltou decidido a missionar-nos no gosto
pelos sabores orientais. E nós já nos convertemos há muito.
Mais concretamente, seguimo-lo assiduamente
desde os tempos do QB em Oeiras e mantemos essa perseguição nos Umais: O Izakaya do Umai e o Umai do Chiado, os mais recentes
projectos do Paulo e da Anna Lins.
Mas vamos ao que interessa. O nosso último
almoço no Umai do Chiado começou por dois pratos incontornáveis: a espuma de caril com vieiras (acompanhadas
pela crocante cebola frita) e as cornucópias
de sésamo com caranguejo real e molho yuzu. Obrigatório.
De seguida dividimos um menu Umai, que varia diariamente, composto por quatro pratos dos
quais guardamos especial memória dos baozis
com caril de porco e das guiozas de
alperce.
Para beber escolhemos dois magníficos chás:
o de jasmim com flores e o verde, com pipoca de arroz.
Tudo ficou-nos por pouco menos de 20 € por
pessoa, montante que nem um táxi paga em Tóquio, por exemplo.
Todos os pratos com uma apresentação cuidada
mas elegantemente despretensiosa, a combinar com a decoração do espaço. Já agora, parece que umai é uma expressão japonesa usada informalmente quando queremos
dizer que a comida nos sabe bem. Poucos restaurantes lisboetas se poderão gabar
de ter um nome tão apropriado.
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